terça-feira, 23 de agosto de 2016

O Treinamento de um Fuzileiro

As primeiras palavras que vêem à lembrança quando se fala em Fuzileiros Navais são:

profissionalismo, elite, treinamento, disciplina, vibração, respeito, admiração, união... Os

Fuzileiros Navais brasileiros são uma Força Anfíbia cuja premissa básica é de desenvolver

operações terrestres de caráter naval, a fim de contribuir para a aplicação do Poder Naval

brasileiro. Subordinados ao Comando da Marinha, os Fuzileiros Navais são admirados pelo seu

elevado grau de aprestamento e confiabilidade. Mas como são formados os soldados dessa

elite? Para conhecer como é a formação do soldado Fuzileiro Naval brasileiro, a ALIDE

acompanhou um dia de treinamento dos futuros soldados no CIAMPA – Centro de Instrução

Almirante Milclíades Portela Alves – um dos responsáveis em transformar o sonho de um jovem

na realidade de ser um Naval.
O processo seletivo conta com diversas avaliações. O candidato enfrenta inicialmente um

exame de escolaridade de nível fundamental (1° Grau). Os aprovados passam então pelos

testes físicos que incluem corrida, natação e exercícios. A fase seguinte é a bateria de exames

da Inspeção de Saúde. A peneira continua com a realização de Exames Psicológicos. Após

passarem por tudo isso e depois de checados detalhes burocráticos, os aprovados são então

matriculados no curso.
Os recrutas são adestrados e preparados para a guerra em pistas de combate em localidade,

maneabilidade, tiro de combate, pista de cabos, câmara de gás, tanque tático, estande de tiro

de fuzil, estande de lançamento de granadas, dentre outros. Durante o curso também são

realizadas marchas, patrulhas e tiros de combate e de banqueta. Os recrutas também recebem

instruções para a vida, como aulas de informática e palestras sobre drogas. Eles contam, ainda,

com orientação educacional e pedagógica como numa escola civil.

  As sete semanas iniciais são em regime total de internação. Durante a internação, a família

pode fazer visitas aos recrutas em dois finais de semana. Passada esta fase, os alunos podem ir

para a casa todas as sextas-feiras, regressando aos domingos às 21 horas.
Sempre que uma nova turma é formada, são realizadas pesquisas sócio-econômicas para traçar

o perfil dos alunos. A mais recente pesquisa apontou que 86,23% dos candidatos aprovados no

concurso tinham o Ensino Médio (2° Grau) concluído. Apenas 9,92% possuíam o Ensino

Fundamental – nível mínimo exigido –, 2,63% possuíam o Ensino Superior ainda incompleto e

nenhum, até mesmo pela baixa idade dos candidatos (18 a 21 anos), havia concluído um Curso

Superior. Essa questão é importante porque o CIAMPA constatou que quanto maior o nível de

escolaridade médio de cada turma, melhor é o rendimento dela durante o período de

treinamento. O maior grau de instrução dos alunos reflete diretamente na formação de

soldados mais preparados, pois eles conseguem aprender os conhecimentos de maneira muito

mais natural.

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